O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que o Brasil deve registrar 704 mil novos casos de câncer por ano até 2025, ou seja, mais de 2 milhões de casos da doença no período. Segundo publicação da instituição, o tumor maligno mais frequente é o de pele não melanoma, responsável por 31,3% dos casos, seguido pelo de mama em mulheres (10,5%), próstata (10,2%), cólon e reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%).
Você sabia que 40% dos casos de câncer poderiam ser prevenidos evitando fatores de risco? Esta informação é da Organização Pan-Americana da Saúde e Organização Mundial da Saúde. Confira quais tipos de câncer podem ser evitáveis:
- Colo do útero: a vacina contra o vírus do HPV, se tomada antes de a pessoa ter contato com o vírus, garante, praticamente, 100% de proteção. Importante fazer o exame Papanicolau, que pode diagnosticar lesões precursoras que são tratadas antes que se transformem em câncer.
- Câncer colorretal: a pessoa deve ficar atenta a sangramentos nas fezes, se teve casos desse tipo de câncer na família. A colonoscopia é o exame indicado, pois pode identificar lesões potencialmente malignas.
- Câncer de pulmão: 85% dos casos de câncer de pulmão estão diretamente relacionados ao tabagismo. Exposição ocupacional; poluição do ar; história familiar; exposição à radiação também aumentam as chances de desenvolver câncer de pulmão. Pacientes com doenças pulmonares apresentam maior risco também.
- Câncer de pênis: a principal forma de prevenção da doença é a boa higiene local, com água e sabão. Outro fator de risco importante é a infecção por vírus HPV, por isso é importante vacinar-se. Se o homem demorar a procurar um médico e estiver com lesões grandes, corre o risco de sofrer amputação parcial ou total do pênis.
- Câncer de estômago: o principal fator de risco é a infecção pela H. pylori, bactéria que pode se alojar no estômago, prejudicando a barreira protetora e estimulando inflamação. Consumo exagerado de sal e alimentos que contêm nitrosaminas (embutidos e enlatados) também são fatores de risco.
Fonte: Dra. Rosane do Rocio Johnsson, oncologista clínica do Instituto de Oncologia do Paraná – IOP.