A cirurgia bariátrica é um dos tratamentos mais conhecidos para a obesidade, mas deve ser recomendada e acompanhada por uma equipe médica, aliada à reeducação alimentar e realização de atividades físicas. Além disso, é preciso levar em consideração outros problemas de saúde ligados à obesidade antes da realização da cirurgia.
Para um tratamento bem-sucedido, também é fundamental que o paciente tenha força de vontade e determinação para mudar seus hábitos. Nesse sentido, o acompanhamento psicológico contribui para o gerenciamento das emoções que irão ajudar no emagrecimento.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal no indivíduo. Para a realização do diagnóstico, é calculado o índice de massa corporal (IMC) como parâmetro.
O IMC é calculado dividindo-se o peso do paciente pela sua altura elevada ao quadrado, de forma que o resultado é definido da seguinte forma:
- IMC menor que 18,5 kg/m²: magreza;
- IMC entre 18,5 e 24,9 kg/m²: normal;
- IMC entre 25,0 e 29,9 kg/m²: sobrepeso (obesidade grau I);
- IMC entre 30,0 e 39,9 kg/m²: obesidade (grau II);
- IMC maior do que 40,0 kg/m²: obesidade grave (grau III).
No Brasil, mais da metade da população está acima do peso e a obesidade atinge um a cada cinco brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada em 2019 pelo Ministério da Saúde.
As causas da obesidade podem incluir predisposição genética, hormonal, metabólica ou comportamental, mas também pode ser desenvolvida a partir de maus hábitos alimentares e sedentarismo.
A obesidade é considerada fator de risco para uma série de doenças e condições associadas, como:
- Hipertensão;
- Doenças cardiovasculares;
- Aumento do colesterol;
- Aumento dos triglicérides;
- Diabetes Mellitus tipo 2;
- Câncer;
- Apneia do sono;
- Pedras na vesícula;
- Entre outros.
Tratamentos para a obesidade além da cirurgia bariátrica
Para emagrecer, o paciente deve mudar seus hábitos alimentares e adotar a atividade física na sua rotina. Essa mudança de estilo de vida não é simples e exige muita determinação, força de vontade e acompanhamento profissional para perder peso e manter a saúde a longo prazo.
Para isso, é importante ter objetivos realistas e entender que a transformação não acontecerá de um dia para o outro.
O paciente deve ter em mente que é preciso substituir os velhos hábitos por outros mais saudáveis e entender a importância desses novos costumes para sua saúde de maneira geral.
A cirurgia bariátrica é recomendada para pacientes com idade entre 18 e 65 anos, IMC igual ou superior a 40 kg/m², com ou sem comorbidades, ou IMC entre 35 e 40 kg/m² na presença de comorbidades.
Além disso, o paciente deve apresentar IMC estável há 2 anos, no mínimo, e não ter obtido sucesso com outras formas de emagrecimento.
Para um tratamento eficiente, a reeducação alimentar é fundamental, pois o paciente reduz a ingestão calórica total e passa a consumir alimentos mais saudáveis, como frutas, verduras e legumes.
Esse método também pode ser acompanhado de psicoterapia e outras formas de suporte emocional ou social para auxiliar o paciente a perder peso.
A realização de exercícios físicos é outro método de emagrecimento que deve ser integrado à rotina do paciente para complementar a dieta alimentar.
Dessa forma, é possível reduzir o apetite, melhorar o perfil de gorduras e aumentar a sensação de bem-estar e autoestima.
Para combatê-la, é preciso que a obesidade seja reconhecida como uma doença crônica, e não apenas uma questão de vontade de emagrecer. Além disso, é preciso considerar o tratamento de outros problemas de saúde ligados à obesidade para melhorar a saúde do paciente como um todo.
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